8 de julho de 2020

Rede 5G da Claro (Huawei) começará a funcionar em São paulo e Rio de Janeiro na próxima semana


Telefônica Brasil; TIM Participações; Claro, do grupo América Móvil; e Oi todas já receberam investimentos da chinesa Huawei para dar processo de ativação do 5G no Brasil

A Claro que recebeu milhões de investimentos da Hawuei ativa na próxima semana sua rede 5G em bairros determinados das cidades de São Paulo e Rio de Janeiro. A operadora vai utilizar o espectro em que já oferece serviços 4,5 G. Para conseguir o oferecer a 5G sem espectro novo, a empresa vai recorrer à tecnologia de compartilhamento dinâmico de espectro, criada pela Ericsson, e que é capaz de fazer a gestão das frequências de forma automática, destinando parte da capacidade aos usuários que estiverem com aparelhos compatíveis.

A rede 5G da operadora terá cobertura limitada neste momento. Em São Paulo, a cobertura 5G DSS da Claro estará disponível inicialmente na região da Avenida Paulista e Jardins. Nas semanas seguintes, vai gradativamente estender-se pelos bairros Campo Belo, Vila Madalena, Pinheiros, Itaim, Moema, Brooklin, Vila Olímpia, Cerqueira César, Paraíso, Ibirapuera, além da região da Av. Berrini e também de Santo Amaro, onde fica a sede da Claro em São Paulo.

No Rio de Janeiro, os primeiros pontos de cobertura estarão em Ipanema, Leblon e na Lagoa. Na seqüência devem se expandir por toda a orla, do Leme até a Barra da Tijuca, passando por Jardim Oceânico, Joá, São Conrado e Copacabana.

Os critérios de escolha para as primeiras regiões a receberem a cobertura 5G DSS da Claro levaram em conta a demanda de tráfego e crescimento ao longo do último ano, infraestrutura de rádios já modernizada para oferta do 4,5G, além da penetração de smartphones de última geração e densidade populacional.

O anúncio da primeira rede 5G do país foi feito semana passada, de forma simultânea ao pré-lançamento do primeiro smartphone 5G no país, o Motorola Edge. O aparelho, que chega às lojas a partir do dia 14 de julho, conta com a tecnologia 5G baseada na plataforma móvel Qualcomm Snapdragon 765 e modem X52, que suporta o recurso DSS.

EXPANSÃO PARA OUTRAS CIDADES

A operadora afirma que há intenção de ampliar a rede 5G DSS a outras cidades “gradativamente nos próximos anos”. A tele diz que os investimentos feitos para implantar o 5G DSS serão aceleradores da implantação definitiva do 5G, com a posterior adição do espectro de 3,5 GHz e das faixas de ondas milimétricas.

Até lá, a operadora vai investindo na redução da latência, em virtualização de funções de rede e descentralização do núcleo da rede para datacenters mais próximos dos clientes, tecnologia conhecida como edge computing.

Ou seja, a jornada rumo à solução definitiva do 5G ainda deve demorar para estar presente por todo o país. “O 5G DSS revela-se uma forma de trazer evolução gradativa e que vem sendo utilizada como alternativa pelas maiores operadoras do mundo, inclusive em economias desenvolvidas, como Estados Unidos e Europa, e onde o espectro de 3,5GHz e de ondas milimétricas já foi alocado” afirma Paulo Cesar Teixeira, CEO da unidade de Consumo e PME da Claro 

Um executivo da Huawei Technologies alertou que o Brasil poderá sofrer anos de atraso na implantação de uma rede de telecomunicações 5G e custos mais altos se sucumbir à crescente pressão dos EUA para desprezar o fornecedor de equipamentos chinês.

Suas declarações são feitas quando o governo Trump intensifica os esforços para limitar o papel da Huawei na implementação da tecnologia de quinta geração de alta velocidade na maior economia da América Latina. O embaixador americano Todd Chapman chegou a sugerir que Washington está disposto a financiar a compra de equipamentos de outros fornecedores para o Brasil.

O presidente de extrema direita do Brasil, Jair Bolsonaro, disse no mês passado que a implantação do 5G teria que atender aos requisitos de soberania nacional, informações e segurança de dados. Há muito tempo cético na China, Bolsonaro adotou uma postura menos abrasiva em relação a Pequim desde que assumiu o cargo em 2019, embora ele permaneça um aliado próximo de Trump.

Diminuir o papel da Huawei "atrasará apenas a implantação de 5G no Brasil e afetará os preços das operadoras, provedores regionais de serviços de Internet e clientes", disse Marcelo Motta, diretor de segurança cibernética e soluções da Huawei, em entrevista na noite de segunda-feira.

As operadoras brasileiras construíram partes significativas de sua infraestrutura usando os equipamentos da Huawei, pois reforçaram sua presença no país nos últimos 22 anos.

"Em lugares onde houve restrições à Huawei, vimos os preços subirem duas a cinco vezes, muitas vezes inviabilizando os negócios para as operadoras", disse Motta.

Ele observou que o Brasil já enfrentava o desafio de expandir sua infraestrutura existente. Alterar o fornecedor exigiria que as transportadoras substituíssem os equipamentos já instalados, em vez de simplesmente atualizar os existentes.

"Fazer essa mudança seria como provocar um ninho de vespas", disse o executivo, enfatizando que as acusações americanas de que os equipamentos da Huawei poderiam estar vulneráveis ​​à escuta chinesa são infundadas.

A empresa conduziu com sucesso os testes 5G com todas as principais operadoras do Brasil - Telefonica Brasil SA, TIM Participações SA, Claro Movéis da America Movil e SA - e está ajudando a modernizar sua infraestrutura antes de um tão esperado leilão de espectro 5G.

"Temos uma solução preparada para usar principalmente software para trazer 5G para o Brasil (nas frequências existentes)", disse Motta. "Quando o governo trouxer as novas frequências, também podemos usar pequenas extensões de hardware".

A Huawei, que investiu cerca de US $ 4 bilhões em 5G entre 2009 e 2019 em todo o mundo, planeja fabricar a nova tecnologia em um de seus dois locais de produção no Brasil.

A empresa viu alguns de seus custos operacionais aumentarem em meio à pandemia de coronavírus, já que as despesas de transporte aéreo aumentaram com menos vôos, segundo Motta, que acrescentou que a questão "ainda não é crítica".

Os bloqueios relacionados ao coronavírus também aumentaram a demanda pelos produtos e serviços da Huawei, uma vez que o tráfego da rede brasileira cresceu cerca de 50%, disse ele.


telesintese.com.br

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