4 de novembro de 2019
NOVO RECORDE DE BOLSONARO: Incêndios na Amazônia diminuem, e tem o menor número de incêndios desde outubro de 1998
O número de incêndios na floresta amazônica no norte do Brasil caiu para um novo recorde em outubro, mesmo quando os incêndios atingiram as áreas úmidas do Pantanal, mostram dados oficiais. Imagens de satélite do instituto espacial INPE registraram 7.855 incêndios na Amazônia no mês passado, a menor em outubro desde 1998, quando a agência do governo começou a manter registros.
O INPE não forneceu uma razão para a cifra, que caiu mais de 60% em relação ao mês anterior e a mais baixa desde julho - o início da estação seca da Amazônia, quando criadores de
gado e agricultores geralmente começam a queimar árvores derrubadas.
Mas ocorreu depois que o presidente Jair Bolsonaro - sob intensa pressão internacional para proteger a Amazônia - no final de agosto proibiu por 60 dias os incêndios na floresta tropical.
A queda também coincidiu com o início da estação chuvosa da Amazônia, que normalmente dura até junho.
Quase 1.000 incêndios foram registrados na floresta tropical até agora em novembro, mostram os dados do INPE.
Isso ocorre quando os incêndios continuam em alta no Pantanal, uma das áreas mais biodiversas do mundo e um importante destino turístico.
Os dados do INPE registraram 2.430 incêndios no mês passado, o maior desde outubro desde 2002. O índice caiu de 2.887 em setembro.
Quase 400 incêndios foram registrados este mês.
A área afetada mais que dobrou, para 122.000 hectares (mais de 300.000 acres) desde a semana passada, disse à AFP um porta-voz do estado centro-oeste do Mato Grosso do Sul.
Três helicópteros e três aviões foram enviados para ajudar a combater as chamas.
Nem o INPE nem o Ministério do Meio Ambiente responderam ao pedido de comentário da AFP.
O Brasil foi atormentado por desastres ambientais este ano.
Em janeiro, um colapso de uma barragem de mina no sudeste de Minas Gerais expeliu milhões de toneladas de resíduos tóxicos pelo campo, matando centenas.
Isso foi seguido pelos incêndios na Amazônia nos últimos meses, que provocaram protestos globais e uma briga diplomática entre Bolsonaro e líderes europeus.
Mais recentemente, o Brasil enviou milhares de militares para ajudar a limpar um derramamento maciço de petróleo na costa nordeste.
FONTE INPE e https://phys.org