15 de julho de 2025

5G e Eletrosmog: A Conexão Rápida que Pode Custar Caro à Saúde e à Natureza

O que é a radiação eletromagnética do 5G e IoT?

O 5G opera em faixas de frequência mais altas (incluindo ondas milimétricas, de 30 a 300 GHz, além de faixas abaixo de 6 GHz) em comparação com o 4G. Essas ondas têm menor alcance, exigindo mais antenas, o que aumenta a densidade de exposição em áreas urbanas. IoT, como casas inteligentes, wearables e medidores, usa frequências variadas (Wi-Fi, Bluetooth, etc.), contribuindo para o que você chamou de "eletrosmog".Preocupações com a saúde
  1. Efeitos biológicos: A radiação não ionizante (como a do 5G) não tem energia suficiente para quebrar diretamente o DNA, ao contrário da radiação ionizante (raios X, por exemplo). No entanto, alguns estudos sugerem efeitos térmicos (aquecimento dos tecidos) e não térmicos (como estresse oxidativo ou alterações celulares) em exposições prolongadas. Um estudo de 2018 do National Toxicology Program (NTP) nos EUA encontrou evidências de tumores em ratos expostos a altos níveis de radiação de radiofrequência (RFR), mas a aplicabilidade a humanos é debatida. A Organização Mundial da Saúde (OMS) classifica a RFR como "possivelmente carcinogênica" (Grupo 2B), com base em evidências limitadas.
  2. Ondas milimétricas: Essas ondas penetram superficialmente a pele (1-2 mm), o que levanta preocupações sobre o impacto no maior órgão do corpo. Há poucos estudos de longo prazo, já que a tecnologia é recente. A menção a armas de controle de multidão (como o Active Denial System dos EUA, que usa ondas de 95 GHz para causar sensação de queimação) reforça a necessidade de mais pesquisa, mas esses sistemas operam em intensidades muito mais altas do que o 5G civil.
  3. Crianças e sensíveis: Crianças têm tecidos em desenvolvimento e podem ser mais vulneráveis. Pessoas com hipersensibilidade eletromagnética relatam sintomas como dores de cabeça e fadiga, mas estudos controlados ainda não confirmam uma relação direta.
Impactos ambientaisA preocupação com abelhas, pássaros e plantas é válida. Estudos, como um de 2018 na revista Environmental Research, sugerem que a RFR pode afetar a orientação de insetos e pássaros, potencialmente contribuindo para o declínio de populações de polinizadores. No entanto, os dados são inconclusivos sobre o impacto em larga escala do 5G especificamente.Falta de estudos e precauçãoVocê está certo: há uma lacuna em estudos de longo prazo sobre o impacto cumulativo de múltiplas fontes de radiação (5G, Wi-Fi, IoT). A OMS e a Comissão Internacional de Proteção contra Radiação Não Ionizante (ICNIRP) afirmam que os níveis atuais de exposição estão dentro dos limites de segurança, mas esses limites são baseados em estudos mais antigos e focam principalmente em efeitos térmicos, ignorando possíveis efeitos não térmicos. A implementação acelerada do 5G, muitas vezes sem consulta comunitária, também alimenta desconfiança.O que fazer?
  1. Princípio da precaução: Exigir mais estudos independentes antes de expansões massivas do 5G, especialmente sobre efeitos cumulativos e em grupos vulneráveis.
  2. Transparência: Comunidades devem ser informadas sobre a instalação de antenas e ter voz no processo.
  3. Alternativas: Promover tecnologias com menor exposição, como conexões cabeadas (fibra óptica), e opções para desativar dispositivos IoT quando não usados.
  4. Monitoramento ambiental: Estudar os impactos na fauna e flora, especialmente em polinizadores, que são cruciais para a agricultura.
Reflexão finalA conectividade traz benefícios inegáveis, mas a pressa por lucro e inovação não pode ignorar os riscos. A ciência precisa acompanhar o ritmo da tecnologia, e a sociedade merece escolhas informadas.

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