A Argentina solicitou “mais discrição” para o próximo vôo aéreo de quarta-feira e o primeiro voo entre São Paulo e Ilhas Falkland, sugerindo que nenhuma autoridade barasileira esteja presente na partida do voo inaugural. A notícia foi revelada por fontes brasileiras, supostamente, o pedido chegou por canais diplomáticos informais do Ministério das Relações Exteriores da Argentina.
O ministério e a embaixada da Argentina em Brasília disseram não conhecer o suposto relatório, mas, segundo fontes brasileiras, a Argentina teme que a presença de autoridades brasileiras no lançamento possa ser interpretada como um reconhecimento da soberania britânica sobre as Malvinas. No entanto, é claro e sem sombra de dúvida que o Brasil reconhece a reivindicação da Argentina sobre as Ilhas Malvinas.
Além disso, a diplomacia brasileira insiste que o critério responde não a uma possível mudança de posição do Itamaraty, mas a quão politicamente sensível o assunto está particularmente após a vitória do peronista Alberto Fernandez, que respondeu aos parabéns do Reino Unido, agradecendo, mas também lembrando que a Argentina continuará reivindicar soberania sobre as ilhas disputadas.
Da mesma forma, a política de boa vizinhança implementada pelo atual presidente Mauricio Macri é considerada uma traição por setores do movimento político peronista abrangente. Criticam particularmente o comunicado argentino britânico de 13 de setembro de 2016.
A ligação aérea semanal com escala mensal de quarta-feira em Córdoba, Argentina, será operada pela empresa brasileira e chilena LATAM, não é novidade. Com efeito, desde acordos semelhantes que datam de 1999, uma vez por semana, no sábado, um voo para a América Latina liga Punta Arenas, extremo sul do Chile com as Malvinas, e com uma ligação mensal em Rio Gallegos. Essa ligação aérea já dura vinte anos.
As estatísticas sobre a economia, história, alegações e destaca que a chamada política de bons vizinhos em diferentes estágios foi implementada por diferentes governos argentinos, a primeira vez sob o presidente peronista Carlos Menem e depois com o conservador da oposição Mauricio Macri.
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